Nesta quinta-feira (6) a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), confirmou que seguirá no cargo, em Brasília, e encerrou as especulações sobre uma possível candidatura dela à Prefeitura de Olinda este ano. A data marca o fim do prazo legal para desincompatibilização de cargos públicos para as pessoas que desejam se candidatar a algum cargo eletivo na eleição de outubro. Os partidos progressistas aguardavam a definição do PCdoB.
O suspense chegou ao fim com um vídeo da ministra publicado em suas redes sociais. “Não serei candidata nessas eleições. (...) O foco agora é nessa missão nacional que o presidente Lula me confiou, que é cuidar do MCT&I nesse momento tão estratégico de reconstrução nacional”, informa Luciana, que foi prefeita de Olinda de 2000 a 2008. Ela também destaca as principais obras e legados de sua gestão e também dos oito anos do seu sucessor Renildo Calheiros (2009-2016), hoje deputado federal.
Santos também reivindica que seu partido tenha protagonismo na definição dos rumos da Federação Brasil da Esperança - que reúne PT, PCdoB e PV - em Olinda. “Teremos participação ativa na busca por um caminho que devolva a cidade a seu lugar estratégico na política, na economia, na cultura e no desenvolvimento de Pernambuco”, avisa ela. “Estaremos presentes no processo de escolha de candidaturas e apoiaremos um nome que possa fazer Olinda ser grande de novo”, avisa a ministra, que espera ver no município uma gestão “que coloque em primeiro plano o bem estar da sua gente”. Assista abaixo.
Luciana Santos é presidente nacional do PCdoB e a única ministra do partido no governo Lula. Em algumas conversas ela buscou costurar um acordo para que, caso deixasse a Esplanada para disputar Olinda, o MCT&I seguisse nas mãos do seu partido. Mas com apenas 7 deputados federais, os comunistas não tiveram força o suficiente para garantir o acordo. A escolha menos arriscada para o partido foi manter o ministério.
Deste modo, o nome do vereador Vinícius Castello (PT) se fortalece como único pré-candidato da Federação Brasil de Esperança e também o único no campo progressista, visto que nem Rede, PSOL, PDT ou PSB lançaram candidaturas. Ainda é especulada uma candidatura da deputada estadual Delegada Gleide Ângelo (PSB), nome com grande apelo popular e que hoje preside o diretório municipal do PSB Olinda. Mas a própria Gleide não tem se colocado como pré-candidata.
Olinda tem 350 mil habitantes, critério que a coloca entre as cidades que são discutidas pela cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). O grupo tem se reunido para definir candidaturas próprias ou alianças. A saída de Luciana do páreo, deixando Vinicius Castello como único postulante dentro da federação, pode colocar Olinda na pauta da direção nacional do PT em breve - mas não sem antes conversar com dirigentes locais do PCdoB e do PSB.
Demais candidatos
Na direita, a secretária de Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação de Olinda, Mirella Almeida (PSD), deixou o cargo esta semana para se dedicar à construção da candidatura. Ela é a escolhida do prefeito Lupércio Carlos (PSD). Mas o vice-prefeito Márcio Botêlho (PP) também é pré-candidato, assim como Izabel Urquiza (PL), ex-secretária da gestão Lupércio. Outros nomes são os de Antônio Campos (PRTB), do ex-deputado André Luiz Farias, o “Alf” (PRD); e do ex-vereador André Avelar (Mobiliza).
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Edição: Helena Dias