De janeiro a junho deste ano, as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco realizaram 4.908 inserções de Dispositivos Intrauterino (DIUs), método contraceptivo para mulheres. Os números colocam o estado em 3º lugar no ranking nacional do procedimento. A Secretaria de Saúde considera que o aumento nos números se dá pela ampliação de unidades de saúde ofertando o dispositivo e também pelas capacitações sobre o tema voltadas para profissionais de saúde.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que o avanço é consequência principalmente de capacitações promovidas pela Gerência de Atenção à Saúde da Mulher junto aos profissionais que atuam na atenção primária à saúde. Dos 4,9 mil procedimentos, foram feitos em atendimentos ambulatoriais 3.623 (73,8%), enquanto outros 1.285 (26,2%) foram em contexto pós-parto. A média é de 818 inserções de DIUs por mês ou 27 por dia em todo o estado. Os dados são do Sistema de Informações Ambulatoriais, do Ministério da Saúde.
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No mesmo caminho, um programa formou 26 enfermeiras multiplicadoras, responsáveis por treinar colegas em maternidades estaduais, em distritos sanitários indígenas (DSEIs) e que atuam na saúde prisional, além de estudantes residentes de enfermagem obstetrícia. A parceria envolveu o Centro de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam/UPE), o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PE) e a Escola de Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE).
A SES diz ter ampliado e descentralizado a oferta de procedimentos de colocação do método contraceptivo, abarcando mais policlínicas, maternidades e centros de saúde. A inserção do DIU pode ser realizada em serviços de saúde da Atenção Primária, como centros de saúde e policlínicas, e também nos ambulatórios de planejamento reprodutivo dos hospitais regionais.
A secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, destaca a eficácia do método, comparando-o à esterilização cirúrgica, mas sendo menos invasivo. “Estamos trabalhando muito nas maternidades do Estado, oferecendo o DIU no pós-parto e respeitando a autonomia das mulheres em planejar o número de filhos que desejam ter”, garante Cavalcanti.
Edição: Vinícius Sobreira