Como costuma fazer em anos de eleições municipais, o Centro das Mulheres do Cabo (CMC) reúne, nesta quinta-feira (19), candidatas que disputam as 21 vagas na Câmara de vereadores e vereadoras. No encontro, será apresentado um documento com reivindicações com as quais as 120 candidaturas de mulheres podem ou não se comprometer. A atividade será transmitida ao vivo no Instagram do CMC.
O evento tem início às 14h, na sede do Sindicato das Professoras do Cabo (Sinpc), na rua Escritor Israel Felipe, bairro de Santo Inácio, ao lado da ong/abrigo Recanto da Criança.
A carta-compromisso está dividida em seis eixos temáticos: gestão democrática; enfrentamento à violência de gênero; direitos reprodutivos e sexuais; direito à educação; desenvolvimento sustentável e gênero; e direitos das mulheres das águas do litoral cabense.
Izabel Santos, coordenadora do Centro das Mulheres do Cabo, avalia que o encontro reafirma o compromisso do CMC em eleger mulheres para os espaços de tomada de decisão. “Democracia, para valer, tem que ter mulheres no poder. É através das nossas pautas e lutas que conseguimos políticas públicas para mulheres”, diz Izabel.
Leia: No Cabo, Lula Cabral larga na frente e prefeito Keko aposta no apoio do outro Lula para virar o jogo
Com 160,5 mil eleitores, dos quais 53% são mulheres, o Cabo de Santo Agostinho tem apenas três delas (14,3%) entre os 21 vereadores. Postulam as vagas na Câmara 375 candidaturas, das quais apenas um terço (cota mínima definida por lei) são mulheres. Este ano, uma fundadora do CMC, Nivete Azevedo, concorre a uma vaga pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Entre as cinco chapas que buscam a prefeitura, nenhuma é liderada por mulheres e apenas uma (em último nas pesquisas) tem mulher como vice. Em 147 anos de história do município, apenas 9 mulheres foram eleitas vereadoras. Nenhuma mulher foi prefeita e apenas uma foi vice.
Edição: Vinícius Sobreira