Pernambuco

ARTE E CULTURA

No Paço do Frevo, oficina de dança desafia o corpo a se adaptar à “polirritmia”

Oficina gratuita consiste em 12 aulas no turno da manhã; inscrições acontecem até esta quinta (26)

Brasil de Fato | Recife |
Drica Ayub e Rodrigo Félix serão os responsáveis por conduzir o curso “Corpo polirrítmico”, com participação artistas de convidados - Anderson Stevens

Se encerram nesta quinta-feira (26) as oficinas de dança “Corpo polirrítmico”, voltadas para artistas e não-artistas interessados na dança de improviso e sua relação com o ritmo, os jogos e outros processos criativos. O único critério para participar é ter a partir de 15 anos de idade. As pessoas interessadas devem preencher, gratuitamente um dos formulários disponibilizados pelos organizadores na página no Instagram (clique aqui).

Os interessados em participar e que se consideram ainda sem experiência devem preencher este formulário aqui (clique). O resultado da seleção será divulgado no Instagram no próximo dia 30 de setembro. Já os artistas interessados em participar como alunos devem preencher este outro formulário (clique). A proposta dos idealizadores é selecionar, para cada aula, ao menos cinco artistas da dança ou música para enriquecer a troca de saberes entre os presentes.

As aulas serão ministradas por Drica Ayub e Rodrigo Félix, no centro cultural Paço do Frevo, bairro do Recife. Ayub é dançarina e pesquisadora do corpo, tendo as danças populares como base para a improvisação, buscando conectar o ritmo do corpo aos ritmos externos. Atualmente ela também tem se experimentado como percussionista na banda “Forró do Suco Elétrico”. Já Rodrigo Félix é percussionista na banda “Forró na Caixa” e tem outros trabalhos com grupos reconhecidos no estado. Sua trajetória na dança parte das brincadeiras populares.

A partir do corpo e do som, da munganga e da brincadeira, a dupla convida os alunos a aguçar a audição e os demais sentidos para descobrir novos caminhos dos corpos na dança, a partir da polirritmia - técnica musical que usa duas ou mais estruturas rítmicas simultaneamente. “Como ensinou o nosso grande mestre Naná Vasconcelos, o melhor instrumento é o corpo! E aqui vamos abri-lo, brincar com ele, percebê-lo nos tempos, afiná-lo”, avisa Drica Ayub, idealizadora do projeto.

São 12 aulas com 3 horas de duração cada, nas terças, quartas e quintas-feiras pela manhã (das 9h às 12h), ao longo de quatro semanas em outubro. As oficinas iniciam no dia oito de outubro e seguem até o dia 31. Cada semana terá uma temática: “a escuta bomo base”, “outras escutas e pulso rítmico”, “bases rítmicas de ritmos pernambucanos” e “a polirritmia como procedimento de criação artística”.

Também foram convidados a contribuir as artistas Joselma Soar, Íris Campos, Marcela Felipe, Orun Santana e Hélder Vasconcelos. As oficinas devem apresentar exercícios em formato de jogo, usando instrumentos e tecnologia, sempre buscando criatividade e engajamento dos participantes. Ao fim do curso, uma mostra com os resultados artísticos deve ser apresentada, no dia 14 de novembro.

O projeto “Corpo polirrítmico: dança, ritmo, criação e escuta” é financiado com recursos públicos repassados pelo Governo de Pernambuco através da Lei Paulo Gustavo.

Edição: Vinícius Sobreira