Pernambuco

ELEIÇÕES 2024

João Campos, do PSB, é reeleito prefeito do Recife com 78% dos votos

Prefeito garantiu o mandato no Recife até 2028, mas tem planos para deixar a prefeitura para disputar o Governo em 2026

Brasil de Fato | Recife |
Após um início ruim, primeiro mandato de João Campos (PSB) no Recife decolou com uma injeção de R$ 2 bilhões em empréstimos do BID para obras na cidade, acompanhado de um excelente marketing político - Rodolfo Lopert

Neste domingo (6), mais de 725 mil eleitores recifenses deram seus votos para reeleger o prefeito João Campos (PSB), liquidando a fatura na capital de Pernambuco já no 1º turno. O quantitativo corresponde a 78,1% dos votos válidos na eleição para prefeito do Recife este ano, garantindo-lhe o direito de comandar a prefeitura até dezembro de 2028. O 2º colocado foi Gilson Machado (PL), com 13,9% (129 mil votos).

Os outros concorrentes foram Dani Portela (Psol), que teve 3,8% dos votos válidos (35,1 mil); o candidato Daniel Coelho (PSD), com 3,2% (29,8 mil). Com menos de 1% dos votos dos recifenses na disputa deste ano, aparecem os candidatos Técio Teles (Novo), com 7,3 mil votos (0,8%); Ludmila Outtes (UP), com 1,4 mil votos (0,15%); Simone Fontana (PSTU), com 524 votos (0,06%); e Victor Assis (PCO), com 132 votos (0,01%).

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João Campos confirmou o favoritismo indicado nas pesquisas e foi reeleito na capital pernambucana já no 1º turno / Rodolfo Lopert

Após um início ruim, o primeiro mandato de João Campos (PSB) no Recife decolou com uma injeção de R$ 2 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para obras na cidade, o que foi acompanhado de um excelente marketing político em torno da imagem do prefeito. Campos tem planos de deixar a Prefeitura do Recife em abril de 2026 para disputar o Governo de Pernambuco. Seu vice é Victor Marques (recém-filiado ao PCdoB), engenheiro civil e seu chefe de gabinete, braço direito de Campos desde 2018.

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Vereadores

A Câmara de vereadores do Recife terá 37 cadeiras no quadriênio 2025-28. O partido majoritário continuará sendo o PSB, que recebeu 298 mil votos (33,5%) e conquistou 15 cadeiras (40,5%), um acréscimo de uma em comparação com a legislatura atual.

Os eleitos foram Romerinho Jatobá (20,2 mil), Aderaldo Pinto (15,8 mil), Andreza Romero (15,7 mil), Natália de Menudo (15,2 mil), Eriberto Rafael (14,8 mil), Felipe Francismar (13,8 mil), Carlos Muniz (13,4 mil), Rinaldo Junior (12,6 mil), Rubem (12,2 mil), Eduardo Mota (11,8 mil), Zé Neto (11 mil), Luiz Eustáquio (10,4 mil), Junior de Cleto (9,9 mil), Hélio Guabiraba (9,7 mil) e Wilton Brito (9,5 mil).

Em 2º lugar, a chapa da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que elegeu cinco parlamentares, na ordem: Liana Cirne (PT, 14,8 mil votos), Marco Aurélio Filho (PV, 12,4 mil), Cida Pedrosa (PCdoB, 11,3 mil), Flávia de Nadegi (PV, 11,2 mil), Kari Santos (PT, 9,3 mil). O conjunto de partidos perdeu duas cadeiras em relação à legislatura atual.

A 3ª chapa de vereadores mais votada foi a do PL, que recebeu 95,4 mil votos e elegeu 4 parlamentares (10,8% das cadeiras da Câmara), conquistando uma nova cadeira em relação à legislatura atual. Os eleitos foram Gilson Machado Filho (16 mil votos), filho do candidato derrotado a prefeitura; Fred Ferreira (11,8 mil), do clã familiar evangélico dos Ferreira; Thiago Medina (10,5 mil) e Paulo Muniz (9,4 mil).

Em 4º lugar está a chapa do MDB, que recebeu 75,5 mil votos e fez três vereadores: Samuel Salazar (13,3 mil votos), Fabiano Ferraz (9,7 mil votos) e Tadeu Calheiros (6,9 mil votos). Todos já tinham mandato e foram reeleitos. O partido manteve o mesmo número de cadeiras que possui atualmente.

O PSD (56,3 mil votos) elegeu dois vereadores: Davi Muniz (11,9 mil) e Junior Bocão (7,9 mil). O Republicanos (48,1 mil) elegeu dois: Ana Lúcia (8,6 mil) e Rodrigo Coutinho (8,3 mil).

O Partido Novo (43,8 mil) elegeu dois: Felipe Alecrim (7,9 mil) e Eduardo moura (5,2 mil). O PP (39,7 mil) elegeu um: Alef Collins (7,1 mil), filho do casal de políticos Pastor Cleiton Collins e Missionária Michele Collins.

A Federação Psol-Rede (37 mil votos) elegeu uma: Jô Cavalcanti (7,6 mil), militante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

O Avante (28,4 mil) elegeu um: Alcides Teixeira (8,9 mil). E o PRD (24,1 mil) elegeu um Gilberto Alves.

Disputaram as eleições e ficaram sem cadeiras os partidos Democracia Cristã (15,5 mil), Mobiliza (6,1 mil), a Federação PSDB-Cidadania (2,5 mil votos), os partidos Solidariedade (1,6 mil), Unidade Popular (773 votos), PSTU (394 votos), e PCO (41 votos).

Edição: Vinícius Sobreira