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MEIO AMBIENTE

Estrangeiros viajam pelo Semiárido nordestino aprendendo sobre adaptação a climas secos

Onze representantes da Colômbia, Guatemala e El Salvador farão viagem de 12 dias pelo interior de Pernambuco e Paraíba

Brasil de Fato | Recife |
População do Semiárido pouco contribui para as emissões de carbono, mas está no grupo das mais afetadas - Ana Mendes/Centro Sabiá

Tem início nesta segunda-feira (28), com saída do Recife, uma viagem de 11 estrangeiros pela região semiárida do Nordeste. Ao longo de 12 dias, os visitantes da Colômbia, Guatemala e El Salvador conhecerão experiências agroecológicas de adaptação aos clima seco no interior de Pernambuco e da Paraíba. O objetivo dos organizadores é estimular a troca de conhecimentos sobre tecnologias sociais para a adequação às mudanças climáticas, além de fortalecer o Semiárido brasileiro como exemplo para o mundo.

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Até o dia 8 de novembro, o “Intercâmbio Latino-americano de soluções climáticas no Semiárido” levará esses jovens, mulheres e agricultores para conhecer experiências no Sertão do Pajeú e no Agreste pernambucanos, além do Polo da Borborema, na Paraíba. Agroecologia, sistemas de armazenamento e reuso de água e economia solidária estarão na pauta dos intercambistas. Uma das vivências sobre a luta por terra e reforma agrária, junto ao Movimento dos trabalhadores Sem Terra (MST).

Membro da coordenação do Centro Sabiá e representante da Plataforma Semiáridos América Latina, Carlos Magno reivindica que as autoridades escutem as populações do semiárido - que pouco contribuem para as emissões de carbono, mas estão no grupo das mais afetadas. “Historicamente enfrentamos secas extremas e acumulamos um conhecimento valioso que pode ser compartilhado com outros biomas ao redor do mundo”, diz ele. “E este intercâmbio reforça a importância de colocar o Semiárido no centro das discussões climáticas globais”, completa Magno.

O intercâmbio de soluções climáticas no Semiárido é organizado pela ong Centro Sabiá e pela Plataforma Semiáridos América Latina, apoiado pela agência internacional de cooperação Terre des Hommes Schweiz e em parceria com o Movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra (MST) e pela ong AS-PTA, com atuação na Paraíba.


Serão 12 dias de viagem e troca de conhecimento no interior de Pernambuco e da Paraíba / Ronaldo Santos/Centro Sabiá

Edição: Vinícius Sobreira