Na manhã desta quarta-feira (30), militantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no “Amanhecer por Marielle e Anderson”, ato simbólico para marcar o início do julgamento do caso. Acusados de executar o plano de assassinato da vereadora e seu motorista, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são julgados por júri popular no Rio de Janeiro (RJ), a partir das 9h. O julgamento tem transmissão ao vivo pelo Youtube e pode ser assistido aqui.
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No Recife, o ato foi puxado pela deputada estadual Dani Portela e pelo Instituto Marielle Franco. “Além de homenageá-los, bradamos por justiça e fazemos reverberar em nosso estado esse legado tão potente”, disse Portela. “Uma de nós caiu, mas nascerão outras 10 mil. O legado de Marielle terá continuidade nas casas legislativas, nos movimentos sociais, nas nossas lutas, para que nossas vozes ecoem. Somos muitas Marielles”, disse a deputada.
A outra parlamentar negra da casa, Rosa Amorim (PT), também participou do ato. “Falar do assassinato dessa mulher é falar sobre a democracia no Brasil, que foi ferida junto com Marielle; é falar da importância de sua presença na política brasileira. Marielle ecoava vários gritos de esperança”, disse a jovem liderança do MST.
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As manifestações, convocadas pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), aconteceram em várias cidades do país, com o objetivo de pressionar as autoridades e o júri por uma resposta dura contra os acusados. A vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes foram executados a tiros em março de 2018.
Edição: Vinícius Sobreira