Pernambuco

NOVEMBRO NEGRO

Assembleia Legislativa de Pernambuco realiza semana antirracista aberta ao público

Com recorte racial, palestras tratam de Direitos Humanos, saúde, liderança juvenil e feminina negra e legado ancestral

Brasil de Fato | Recife |
Palestras, apresentações artísticas, exposição fotográfica e entregas de medalhas são parte da programação da Jornada - Pedro Pedrosa

A partir da segunda-feira (4), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza a sua 2ª “Jornada Antirracista”, como parte do cronograma do Mês da Consciência Negra. Serão cinco dias de palestras temáticas, abordando Direitos Humanos, saúde, conexões ancestrais, juventude e feminismo, tratados por convidados brasileiros e de Guiné Bissau. As atividades são gratuitas e abertas ao público, que pode se inscrever pela plataforma Even3 (clique aqui).

A palestra de abertura da Jornada fica sob a responsabilidade de Antônio Baruty, que aborda os avanços  e desafios na garantia dos Dirreitos Humanos da população negra. No dia seguinte, Abdulai Sila e Arnaldo Sucuma, ambos de Guiné Bissau, tratam, respectivamente, da história, identidade e memórias da diáspora africana; e da contribuição histórica e científica da África para a humanidade. Todas as atividades acontecem no Auditório Sérgio Guerra.

Na quarta-feira (6), Juliana Carneiro fala dos caminhos para a saúde integral na comunidade negra; e Viviane Patrícia Souza sobre saúde mental e emocional da população negra. No dia seguinte, quinta-feira (8), Luíza Reis palestra sobre os desafios e oportunidades para lideranças femininas negras; e Juliane Lima sobre o combate à violência de gênero e racismo.

No último dia da Jornada Antirracista da Alepe encerra em grande estilo, com Iyalê Moura palestrando sobre os desafios e estratégias para líderes de movimentos sociais no diálogo e mobilização da juventude; e Filipe Almeida Santos fala sobre como incentivar educadores e estudantes a se engajarem na construção de uma educação antirracista. O professor Lepê Correia lidera a cerimônia de encerramento com o “canto de reecanto”.

Exposição e entrega de medalha

Um destaque é a exposição de fotografias “Galopa Vento”, de Marina Viana, que homenageia e apresenta a história e herança cultural deixada por Malunguinho, líder quilombola afro-indígena do Quilombo Catucá, que ficava em Abreu e Lima, no início dos anos 1800. A exposição estará aberta ao público a partir da quinta-feira (7), no hall superior do edifício Miguel Arraes.

Malunguinho é referência na luta por liberdade do povo negro e indígena brasileiros, sendo celebrado até hoje em cerimônias da Umbanda e Jurema. Ele será homenageado pela escola de samba Unidos do Viradouro, no Carnaval do Rio em 2025.

No dia 27 de novembro, numa cerimônia que marca o encerramento da Jornada Antirracista da Alepe, haverá a entrega da Medalha Marta Almeida a sete personalidades homenageadas pr sua luta contra o racismo. A comenda, sugerida pela deputada Rosa Amorim (PT) e aprovada pela casa, homenageia a educadora e militante do Movimento Negro Unificado (MNU), reconhecida por sua dedicação à construção de uma sociedade antirracista.

Edição: Vinícius Sobreira