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Protesto no Recife pede prisão de Bolsonaro e fim da escala 6 por 1

Ato está sendo convocado pelo PT, Psol, CUT, MST, MTST e outras organizações, no Parque Treze de Maio, a partir das 16h

Recife (PE) |
O Brasil tem cerca de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, em sua maioria submetidos à escala 6 por 1 - Walisson Rodrigues

Acontece nesta terça-feira (10), no centro do Recife, uma manifestação popular que pede o fim da jornada de trabalho de 44 horas semanais e 6 dias por semana (a escala 6 por 1). O protesto também reivindica a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos militares envolvidos na trama golpista revelada pela Polícia Federal, em que planejavam assassinar o presidente Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin, para se manterem no poder. O 10 de dezembro é o Dia dos Direitos Humanos.

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Os manifestantes começam a se concentrar a partir das 16h, no Parque Treze de Maio, que fica no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Estão se somando à mobilização grandes movimentos nacionais, como o Movimento dos Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), movimentos de mulheres, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversas organizações sindicais.

Outro alvo do protesto é a “PEC do Estupro”, que visa retirar os direitos das mulheres ao aborto, em tramitação na Câmara Federal. A Proposta de Emenda Constitucional nº 164/2012 visa tornar crime quaisquer tipos de aborto de gestação, obrigando as mulheres a manterem a gravidez mesmo nos casos em que a mulher foi vítima de estupro, casos em que o feto é anencéfalo (sem cérebro) ou quando a gestação coloca em risco a vida da mulher.

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Para quem não puder se somar presencialmente, estão sendo sugeridas publicações online utilizando as hashtags #FimDaEscala6x1, #SemAnistia, #PrisãoParaGolpistas, #BolsonaroNaCadeia, #PEC164Não, #PelaVidaDasMulheres, #CriançaNãoÉMãe, #GravidezForçadaÉTortura.

Outros temas que têm sido lembrados nas convocatórias são aqueles relacionados à justiça econômica e tributária no país, como a pressão para que o Congresso aprove a isenção de imposto de renda para pessoas que recebem até R$5 mil mensais; manter o nível de investimentos públicos, especialmente nas áreas de saúde e educação; aumento de impostos para os chamados “super ricos”; manter a valorização do salário mínimo; fim dos “super salários” nos serviços públicos; e redução da taxa de juros do Banco Central.

A convocatória nacional foi feita pelas frentes de organizações Brasil Popular (que inclui PT, CUT, MST e outras) e Povo Sem Medo (MTST, Psol e outras). O ato é aberto a todas as pessoas e organizações políticas que se identifiquem com as pautas propostas.

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Edição: Vinícius Sobreira