Pernambuco

TEATRO

No Recife, espetáculo resgata medos, sonhos e relações familiares de personagem ‘presa’ em elevador

Com uso de luzes e sombras, peça ‘claustrofóbica’ apresenta personagem presa em elevador durante blecaute;

Recife (PE) |
A atriz paraense Cássia Damasceno interpreta uma mulher presa numa elevador - Lina Sumizono

Entra em cartaz nesta quarta-feira (11) e segue até o sábado (14), na Caixa Cultural, o monólogo “Três Luzes”, dirigido pelo potiguar Aristeu Araújo e interpretada o pela atriz paraense Cássia Damasceno. A ancestralidade, os sonhos, medos e memórias são apresentados entre luzes e escuridão, numa narrativa introspectiva e sensível. As apresentações acontecem sempre às 20h, com ingressos a R$15 (meia) e R$30 (inteira), disponíveis na bilheteria da Caixa Cultural e na plataforma Sympla (clique aqui).

A Caixa Cultural fica na Avenida Alfredo Lisboa, nº 505, em frente ao Marco Zero, no Recife Antigo. A sessão de sexta-feira (13) contará com intérprete de Libras e um bate-papo com o público.

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Na trama, uma mulher presa em um elevador durante um blecaute revisita suas lembranças e as histórias de seus pais. O ambiente claustrofóbico se transforma em cenário para explorar a relação entre luz, sombra e os medos que atravessam gerações, numa mistura de autoficção e realidade. “O espetáculo fala dos sonhos e medos que nós, filhos, temos - assim como aqueles vividos por nossos pais. É uma narrativa que conecta núcleos familiares e a história humana como um todo”, reflete Cássia.

Criada durante a pandemia de Covid-19, a peça nasceu de encontros criativos e pessoais entre os autores, que buscaram inspiração em suas histórias de vida. Aristeu destaca a diversidade de interpretações possíveis. “É uma peça democrática, com fobias e sonhos para todos. Cada espectador pode levar algo diferente”.

Cássia Damasceno é premiada atriz de cinema, com destaque para os curtas “Vai Melhorar” e “A Mulher que Sou”. Já o diretor Aristeu Araújo traz sua expertise como cineasta e crítico, com projetos reconhecidos como as mostras “Ser Tão Pop” e “Autorretratos”.

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Edição: Vinícius Sobreira