A eleição das mesas diretora do Senado e da Câmara Federal, no início desta semana, trouxe boas notícias para os políticos pernambucanos. O estado tinha apenas uma vaga no biênio 2023-2024 e agora terá três cadeiras e um pouco mais de prestígio nas cadeiras de comando das casas legislativas federais. O senador Humberto Costa (PT) e os deputados federais Carlos Veras (PT) e Lula da Fonte (PP) foram os eleitos para posições estratégicas.
No Senado Federal, o biênio 2025-26 terá a liderança de Davi Alcolumbre (União Brasil). Na sua ausência, assume o 1º vice-presidente Eduardo Gomes (PL) e, em caso de dupla ausência, quem comanda a Casa Alta é o pernambucano Humberto Costa (PT), eleito 2º vice-presidente. Nessas ocasiões, o petista terá o poder de convocar e presidir sessões do Senado e do Congresso (sessões conjuntas com a Câmara), definir os projetos a serem votados em cada sessão, desempatar votações quando necessário e terá o poder de impugnar projetos.
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Os membros da mesa diretora também participam das “reuniões de líderes” para definir os projetos a serem votados a cada semana. O pernambucano falou em “buscar consensos”, mas também garantiu que vai batalhar por pautas que beneficiem a classe trabalhadora.
“O ano será muito importante e teremos grandes debates. Destaco dois temas: a aprovação da isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$5 mil (mensais), fazendo com que os mais ricos paguem mais; e a pauta da redução da escala de trabalho para quem tem carteira assinada, emprego formal, buscando superar a jornada extensa de seis dias de trabalho e apenas um de descanso”, prometeu Costa.
A atual gestão da Mesa Diretora também terá nomes do PSD, MDB, PDT e PP em cargos titulares; e PSB, Republicanos, PSDB e Podemos na suplência. Em comparação com a mesa liderada por Rodrigo Pacheco (PSD), em 2023-24, o PT ocupava a 1ª secretaria, com Rogério Carvalho (PT de Sergipe), numa mesa que tinha nomes do MDB, Podemos (2), PDT e PSB, sem qualquer pernambucano.
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Já na Câmara Federal, durante a presidência de Arthur Lira (PP), no biênio 2023-24, o PT tinha a 2ª secretaria, com Maria do Rosário (PT do Rio Grande do Sul) e o estado de Pernambuco tinha Luciano Bivar (União Brasil) na 1ª secretaria. A gestão ainda tinha nomes do Republicanos, PL, PSD e MDB.
Na nova gestão, encabeçada por Hugo Motta (Republicanos), o PT sobe um degrau e assume a 1ª secretaria, que se mantém com Pernambuco, nas mãos de Carlos Veras (PT). O petista natural de Tabira, em seu 2º mandato, fica responsável por encaminhar aos demais poderes da República os requerimentos e indicações realizadas pela Câmara Federal. Mas o cargo é visado principalmente por ser o responsável por gerir todas as despesas e contratos da Casa Baixa, sendo o 1º secretário apelidado de “prefeito da Câmara”.
Veras descreveu a eleição para o cargo como “uma honra”. “Mas, acima de tudo, é uma enorme responsabilidade representar o PT e a Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV) nesta posição estratégica. Vamos seguir trabalhando com dedicação, respeito e compromisso para defender os direitos do povo brasileiro”, disse o pernambucano. No biênio 2025-26 a Mesa Diretora também terá nomes do PL, PP, União Brasil, PSD e MDB.
Pernambuco também terá a 2ª secretaria, agora nas mãos de Lula da Fonte (PP), jovem de 24 anos que está em seu 1º mandato federal, mas que tem a seu favor ninguém menos que o seu pai, o também deputado federal Eduardo da Fonte (PP), que cumpre o seu 5º mandato consecutivo em Brasília, transitando nos corredores da Câmara há 18 anos.
Como 2º secretário, Lula da Fonte será responsável por organizar eventos de condecorações e premiações da Casa, por coordenar os estagiários, representará a Câmara na relação com embaixadas e será responsável pela solicitação de passaportes diplomáticos. “Reafirmo meu compromisso de ser uma voz ativa na defesa de Pernambuco e do Brasil”, disse o deputado em comunicado nas redes sociais.
Edição: Vinícius Sobreira