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União Africana escolhe novos representantes; Brasil felicita eleitos e reitera aliança por combate à fome

João Lourenço, presidente de Angola, foi eleito para chefiar entidade continental ao longo de 2025

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Presidente angolano logo após o resultado que lhe deu a presidência da União Africana - Amanuel Silishi/AFP

Neste final de semana, a 38ª Cúpula da União Africana, realizada em Addis Ababa, capital da Etiópia, escolheu o presidente de Angola, João Lourenço, como liderança da entidade para 2025.

Além dele, Mahamoud Ali Youssouf, Ministro das Relações Exteriores e Cooperação Internacional do Djibouti, foi eleito como presidente da Comissão da União Africana pelo quadriênio 2025-2028.

Via Itamaraty, o governo brasileiro felicitou a eleição dos dois e afirmou compromisso em estreitar os laços do país com o continente africano por "um compromisso comum com o combate à fome e com a promoção da justiça social e do desenvolvimento sustentável".

Na nota, o governo lembra que "o Brasil e a União Africana têm atuado, no âmbito do G20, em temas de interesse do Sul Global, como mudança do clima, dívida externa e reforma das instituições internacionais".

João Lourenço é presidente de Angola desde 2017. Ele foi reeleito em 2022 pelo Movimento Popular de Libertação de Angola.

Além do Brasil, Cuba também saudou a eleição da União Africana. O presidente cubano Miguel Díaz-Canel lembrou que a ilha caribenha e o continente africano tem uma "laços de irmandade, amizade e cooperação". "A União Africana pode contar sempre com Cuba", finalizou Díaz-Canel.

Durante a Cúpula, o Secretário-Geral das  Nações Unidas (ONU), António Guterres esteve presente e fez um pronunciamento exigindo o fim do conflito no Sudão, que já dura 2023.

Ele enfatizou a necessidade de "grande influência para o bem" no país e ajuda para conter a entrada de armas no território e os deslocamentos forçados do povo sudanês.

Outros assuntos também primordiais tratados na Cúpula foram a escalada do conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC), os cortes na ajuda humanitária dos Estados Unidos e as questões climáticas.O documento final da Cúpula faz uma condenação aos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza. "Israel comete um genocídio contra os palestinos e deve ser julgada internacionalmente".

Guterres, em seu pronunciamento, também fez menção à tragédia humanitária, afirmando temer que haja uma "retomada das hostilidades".

A União Africana (UA) foi criada em 2002 e sucedeu a Organização da Unidade Africana, fundada em 25 de maio de 1963.

*com informações da Telesur

Edição: Thalita Pires